Crítica ao Filme "Tropa de Elite"

Acredito que esse filme gerará as principais críticas nesse blog, já que se tornou polêmica em todo o país antes mesmo de ser lançado no cinema.

O Werneck já resumiu a história, portanto irei comentá-la.

As cenas que mais me chocaram no filme foram duas: o treinamento da BOPE e a "captura" do fogueteiro.

O treinamento pode chocar muitas pessoas pela maneira rude e sob pressão da qual é exercido. O principal motivo de agirem assim é "eliminarem os fracos e corruptos". Concordo com a forma que tratam os homens que querem entrar para a BOPE, porque, como relatava o filme, se nao fosse por eles, o Rio de Janeiro já teria sido tomado pelos traficantes há muito tempo, tendo os participantes dessa organização uma grande responsabilidade e o dever de serem ágeis, eficientes e honestos.
Fiquei sabendo que o ator principal do filme - Wagner Moura - em uma entrevista, comentou que havia sido treinado por um capitão da BOPE para, assim, aprimorar sua atuação. Durante esse treinamento, Wagner Moura não aguentou a pressão do capitão e o deu um soco na cara. Por surpresa de todos, o capitão disse "era esse o sentimento que eu queria que tu tivesse!". Isso demonstra que esse sentimento é fundamental para poder entrar nessa organização.

A outra cena do filme pode representar muito mais a nossa realidade. Nenhum de nós estamos rodeados de futuros participantes da BOPE (ao menos o que eu saiba :P), porém estamos, sim, rodeados de pessoas que utilizam drogas, apesar de muitas vezes relutarmos em acreditar nisso. Durante a cena, Wagner Moura após matar um traficante na favela, pega um estudante que estava no local e o pergunta quem matou aquele homem. O menino afirma que tinha sido um dos homens do capitão, e Wagner não aceita a afirmação e complementa que o próprio estudante havia matado o traficante, porque era ele quem finaciava e gerava tudo aquilo para "fumar um baseado". Isso me fez refletir bastante e espero que atinja as pessoas que realmente precisam refletir a respeito disso, já que nao se deram conta que aquele momento em que estao "fumando um baseado" gera problemas enormes dos quais elas nem tomam conhecimento. Elas estão contribuindo com a regressão do país e simplesmente acham isso "bacana". Espero que com isso, tomem consciencia da responsabilidade que elas têm sobre a nação e passem a aproveitarem momentos sem que precisem de substâncias químicas.

"o que nao dá pra acreditar, é pessoas que nascem com chance na vida entrarem nessa."

Marina Rezende