quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Política também é coisa de brasileiro

A pedidos da Reneta, escrevi outro texto

Os brasileiros, na medida do possível, se têm mostrado cada vez mais críticos na avaliação do desempenho das figuras públicas . É uma vitória para o país, pois contribui para aperfeiçoar a democracia. Nenhuma nação será saudável se prescindir do funcionamento do Legislativo. Mais eficaz, portanto, é reduzir a bancada de corruptos e ineficientes. Para tanto, é preciso que se escolham candidatos decentes. Para alcançar o patamar de liberdade de escolha que possuímos, se teve que perpassar pelo poder exercido pelos coronéis na república velha, assim como a desestruturação da política café-com-leite. Sem contar com o combate para com a ditadura exercida pelos militares. Com a constituição de 1988, que trouxe consigo a redemocratização, foi permitido resgatar a plenitude democrática brasileira. Tal conquista é comumente deixada em segundo plano, ato visto no descaso e na má escolha dos governantes e dos representantes de cada um de nós. É impossível de se imaginar um país marcado por líderes desonestos possa enfrentar a desigualdade, o analfabetismo e a dependência financeira, enfim tudo que nos separa da prosperidade e do desenvolvimento. A falta de integridade sempre existirá, entretanto os níveis que o Brasil demonstra fogem do que é considerado "normal”. Quiçá esperaremos por muito tempo para que a nação verde-amarela possa usufruir dos benefícios dos quais um país com líderes honestos pode oferecer aos seus habitantes. O Congresso reflete a imagem do país não só para dentro de seus limites, mas também para os outros Estados. Os representantes do povo, como em qualquer outro lugar, são eleitos nas urnas. Se não cumprirem seu papel, é preciso a substituição na próxima eleição, o que não ocorre. Nas pesquisas, os entrevistados costumam afirmar que não se lembram em quem votaram. A mudança deve vir primeiramente dos eleitores, que devem aprender a votar e exercer a cidadania. Ainda há muito que melhorar. Mas nós, brasileiros, temos desenvolvido - aos trancos e barrancos, é verdade - a consciência sobre o papel da política na vida cotidiana e num futuro próximo.
Carlos Pedroso

Nenhum comentário: